segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ouviram do pirilampo as margens flácidas

Não posso mentir para vocês. Preciso externalizar a minha angústia e o meu sofrimento - calma, não falarei sobre Copa - e perguntar: o que eu lá tenho a ver com a vida do jogador Bruno do Flamengo? Se ele fazia orgias, lindo; se ele tinha amante, maravilhoso; se ele a matou e a esquartejou e a trucidou, sinceramente, eu não estou nem aí!. Claro que, como um bom cidadão, iria me chocar com tamanha brutalidade. De qualquer sorte, não é preciso que o goleiro Bruno do Flamengo - acho que repetir esse nome por mais de 3 vezes ao dia pode trazer azar. Cuidado! - saia na capa da revista Veja. Sua miopia ainda não alcançou os cinco graus: tem a cara de um jogador de futebol na capa de uma revista famosa porque ele supostamente matou uma amante. A cara do sujeito está lá, estampadíssima.

Precisava desse desabafo. Sinto-me até mais leve agora. Obrigado.

Cabe, por fim, parafrasear o sociólogo Bauman, que destaca que vivemos em uma época em que, dada a irrelevância dos aspectos políticos e públicos, o único assunto que realmente importa ou chama a atenção é o que cada um faz da sua vida particular.

Em curtíssimas palavras: o que eu faço da minha vida, o que você faz da sua vida, o que o goleiro Bruno faz da vida dele é o que realmente importa.

Haja fofoca!

É por isso que até as margens "flácidas" andam ouvindo. E ouvindo até de pirilampo!