Há tempos não tinha visto algo tão louco assim: dia de jogo do Brasil na Copa do Mundo. Ruas infestadas de camisas verde-amarelas, carros e motos andando em um compasso desordenado vapt-vupt. É o povo, composto de ricos e pobres, - e nesse dia não há distinção! -, urrando suas trombetas e sinalizando: vai, Brasil!
Esse "fenômeno" me lembrou o filme Invictus, em que Nelson Mandela, protagonizado por Morgan Freeman, faz de tudo para ajudar o time de Rugby da África do Sul a vencer um torneio. Esse time simboliza o apartheid, a segregação. Os brancos adoravam o time; os negros odiavam. Ajudando o time, pensava Mandela, um estigma estaria sendo quebrado. Um negro ajudando um time de brancos. Já era um começo.
Uma linha se pôs na história e dividiu os negros dos brancos, os pobres dos ricos. O filme, porém, e a Copa do Mundo, têm em particular a façanha de conseguirem unir todas as etnias, crenças e descrenças.
Hoje, na Copa do Mundo, sem embargo das críticas pertinentes que existem, é certo que, ao menos por um mês - grito! -, ricos e pobres cantam o mesmo refrão.
É pouco, eu sei. Mas que emociona, ah, emociona!.
Abraços calorosos.
acaba a copa, e o apartheid volta, em tds os paises
ResponderExcluirEu tambem me emociono com essas coisas. Com a camisa do Brasil, não importa se o cara do seu lado é gari ou promotor de justiça, ele é torcedor simplesmente, como qualquer outro. Infelizmente, como a moça do balde de gelo aí de cima acabou de mencionar: quando acaba a copa, cada um volta ao seu lugar na hierarquia.
ResponderExcluirhierarquia = hieros + arkia = regra sagrada. Trágico, não?
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