domingo, 13 de junho de 2010

novos horizontes

Os pés dele faziam toc-toc no chão, revelando o seu tédio; a mão esquerda sobre o teclado, a direita apoiando a cabeça e a coluna semi-encurvada em uma cadeira dura e antiga terminavam de esculpir a cena.

Ê vida, pensava. Sem inspiração, cheio de dúvidas e desamores, decidiu tomar uma atitude: deitou em sua casa, puxou a coberta e se pôs a dormir.

Eis uma verdade: quando o sol nasce - ainda descubro por que ele insiste tanto nisso - novos horizontes sempre se abrem e, também não sei exatamente por quê, o que era triste já não fica mais tão triste assim.

2 comentários:

  1. É o começo. De manhã, sempre um novo começo. Quando se sabe lidar com as palavras, mesmo quando não te ocorre nada para dizer, elas lhe saem bem.

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  2. "Quando se sabe lidar com as palavras, mesmo quando não te ocorre nada para dizer, elas lhe saem bem."

    Nossa, você disse algo que sempre esteve entalado na minha garganta, ou cérebro - não sei. É aquele tipo de coisa que se acredita mas que, por algum motivo, não se exteriorizou, não se disse. No meu caso, nunca encontrei as palavras que revelassem exatamente o que eu pensava. Você conseguiu! Parabéns! E obrigado!

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